"E, nos murmúrios do vento, vão-se os meus silêncios"" (Sonya Azevedo)

 

quinta-feira, 21 de abril de 2016

O Nada



Vazio...
O nada e este coração solitário
Que permeiam os vales,
Os muitos luares...

Nada...
Nada além deste coração solitário
Que vagueia nas estrelas, 
Na dança morta do riacho,
Vagaroso,
Temeroso...

Nada...
É só o silêncio do amanhecer
Na harpa dos cabelos teus...

Nada...
O nada e estes olhos meus que respiram
O sussurro das marés;
E buscam nas várias vagas,
Nos tantos cais,
Pelo sol dos braços teus...

(Sonya Azevedo)



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