"E, nos murmúrios do vento, vão-se os meus silêncios"" (Sonya Azevedo)

 

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

No meio do nada - Feliz dia dos Pais


Sinos badalam em longínqua torre
De uma capela no meio do nada
Onde o tempo, cansado, faz parada
E o cervo trôpego, da sombra, corre...

Lá onde os verdes são de vários tons,
Onde estações são bem definidas,
Onde a chuva deixa as rochas brunidas
E a bicharada faz-se em guarda aos sons...

Lá onde o mais próximo é distante,
Onde só os pássaros sabem do pranto
E silenciam, em respeito, o seu canto,
A solidão é dor itinerante.

Lá, no meio do nada, acende-se u'a vela
Quando, a lua se perfuma a deitar,
Ao sol inda há devaneios a sonhar,
E, a Aurora vem a apagar as estrelas...

Cedo, tão cedo, e o homem já está de pé.
Na imensidão silenciosa do nada,
Ele e Deus, e a solidão sanada,
Dão-se as mãos em exato ato de fé.

(Sonya Azevedo)

A minha homenagem pelo dia dos pais ao 
maior de todos os pais:
O Pai Eterno.
Luz e paz.

My Visitors