"E, nos murmúrios do vento, vão-se os meus silêncios"" (Sonya Azevedo)

 

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Perdidas gaivotas


Barqueiro, só tu que não te decides
Se queres ser da vida ou da morte.
Levas sonhos, todo tipo de sorte,
Mas pelo amor tu não te decides.

Ao ver tuas velas singrarem sem rumo,
Pensara ser as perdidas gaivotas
Que se vão ao infinito sem rota.
Assim fora o meu pensar, eu presumo.

Vais a esmo num céu de vendaval,
Sem eira nem beira, sem nem saber
O que tanto buscar, tanto querer...
Vagas sem esperança, sem ideal.

Mas, nalgum cais desse imenso oceano,
Alguém te aguarda pleno de ternura,
De amor e findará esta aventura
Somando ao tempo, a calmaria, em anos.

E, assim, ao aportar teu coração
No cais sagrado de um grande amor,
Saberás não haver navegar em vão
Nem nada mais a te causar temor.

(Sonya Azevedo)
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